Com uma popularidade monstruosa e números que deixariam
qualquer jogo com inveja, Candy Crush é, sem dúvida, um fenômeno que não pode
ser menosprezado. Milhões de pessoas de todas as idades usam diariamente em
seus smartphones e tablets, compartilhando conquistas e pedindo vidas pelo
Facebook.
Porém, sempre tem uma turma de “haters” que procuram defeito
simplesmente porque aquele jogo não condiz com suas preferências. A principal
acusação é a de que o jogo é um plágio do Bejeweled.
Eu poderia simplesmente dizer que esse discurso é
completamente misógino (70% do público de Candy Crush é feminino, ao contrário
de vários “games feito para gamers”, como Call of Duty e FIFA) e terminar por
aqui. Porém, vou além e explicar detalhadamente o motivo, baseado na jogabilidade
e regras de cada um. Ok? ;)
Começando pelo Bejeweled:
Em Bejeweled, é fornecido um tabuleiro completo com
diferentes tipos de jóias. O tamanho do tabuleiro é sempre o mesmo: um quadrado
8x8, com o total de 64 jóias. O objetivo do jogo é conseguir pontos o
suficiente para passar a próxima fase (17 fases no total); e a cada fase os
pontos necessários aumentam, tornando cada vez mais difícil.
Pontos se conseguem alinhando pelo menos três jóias do mesmo
tipo (com 4 se cria uma jóia explosiva e com 5 uma jóia especial que destrói
todas as jóias do tipo que alinhar com ela posteriormente).
A regra das jóias soa familiar, não é? Aí que está à
diferença: O jogo termina quando não se tem mais jogadas a serem feitas.
Portanto, a melhor estratégia para este jogo é procurar eliminar primeiramente
as jóias de cima e, caso não tiver no canto superior, alinhar no canto inferior
para poder embaralhar a parte superior e reiniciar a estratégia. As jóias
especias são utilizadas em caso de emergência, ou se alinhar com uma outra jóia
especial para embaralhar o tabuleiro inteiro.
E voltemos ao Candy Crush:
Candy Crush tem um número indefinido de fases (falei
indefinido porque aumenta a cada quinzena); e seu tabuleiro é diferente de
acordo com o objetivo a ser concluído no jogo, que não precisa ser
necessariamente colecionar pontos e tem uma quantidade limitada de jogadas. As
regras de movimentação dos doces são idênticas e, talvez, a única semelhança
entre os dois jogos.
Quando não se tem mais jogadas a serem feitas, o jogo
embaralha os doces para você. Tirando o risco de não ter jogadas, a estratégia
ideal é destruir o máximo possível de doces em um intervalo menor de jogadas:
começar com os do canto inferior para destruir os que vem do canto superior com
combinações, procurar o máximo possível em ligar 4 ou 5 doces e juntar dois
desses para uma destruição maciça.
Com a mudança de uma variável na regra do jogo, é capaz de
mudar completamente o estilo de jogo e a tática a ser utilizada para jogar.
Vou terminar usando aquele argumento que todos usam contra
aqueles que afirmam que o homem não pisou na lua: os criadores de Bejeweled já
lançaram uma nota dizendo que Candy Crush não é plágio. Se nem os próprios
criadores acham isso, quem é você para falar que é?
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